Ao Marquês de Pombal

Agora que o "Glorioso" se apresta a iniciar a caminhada inerente à época futebolística de 2008/2009, na Eusébio Cup - Edição I -, defrontando o Internationale de Milano de José Mourinho, Figo & Cia., deixo aqui o meu voto Benfiquista que a gesta termine com a família Benfiquista reunida na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, numa festa em que a alegria do título conquistado, não se transcenda em desordem nem em vitupérios aos demais (perdedores!), dando de nós, Benfiquistas o retrato justo e exacto de quem sabe vencer, do mesmo modo que sabemos não vencer, das poucas vezes que não vencemos... com elegância, fair play e bonomia.
Sabendo que teremos alguns escolhos pelo caminho, até...
Ao Marquês de Pombal...

'M Cria Ser Poeta

Uma morna de Paulino Vieira... para celebrar a victória e a exibição do Glorioso esta noite na apresentação do team 2008/2009, !Arriba Quique Flores e sus muchachos!... Pura POESIA...

Loucura urbana

Estas imagens fizeram furor, hoje, quando a maioria dos que acompanhámos o infeliz evento de ontem as esperavamos, de forma tétrida, ávida e com o voyeurismo típico de quem a tal não está acostumado, na hora e em tempo real.

Hoje, de forma mais racional e ao analisar as imagens, vemos a situação com outros olhos e surgem as perguntas mais elementares sobre o móbil de crime tão mal sucedido. Saltam à vista os erros cometidos pelo infeliz par de criminosos, poderia aliás servir, em qualquer escola de assaltantes como exemplo do que se não deve fazer, a começar por pensar em assaltar bancos ou qualquer outra entidade particular ou pública... ou sequestrar...

À parte o amadorismo, ficou bem patente o egoísmo e desespero destes homens que não pensaram sequer na restante comunidade brasileira que árduamente trabalha quotidianamente para ganhar o pão na diáspora. O passo atrás que o seu acto representaria no respeito do cidadão brasileiro, por parte da comunidade autóctone. É fácil tomar a árvore pela floresta, tanto mais quando acompanhada em tempo real pelos media, por todos os media!, durante cerca de 9 (nove!) horas consecutivas. Foi um "fartar vilanagem" de argumentos para os xenófobos.

Em 26 anos de existência das forças especiais de polícia, foi apenas a 2.ª vez que os snipers tiveram de disparar, e eles quando disparam é a matar, por aqui podemos aquilatar dos nossos brandos costumes enquanto nação. Somos mais "artistas" da palavra... a fraude é até relativamente tolerada, com algum humor... e quem é "apanhado", em geral, não faz muitas ondas e lá "vai de cana".

Este triste episódio adiu ao nosso quotidiano a morte violenta em directo. Pessoalmente, não senti nenhum enriquecimento nisso, e dispensava-o sem qualquer sombra de dúvida. Os criminosos foram punidos na hora, um morreu o outro está em vias de... felizmente os sequestrados não sofreram mazelas de maior, quer físicas quer psicológicas, pelo menos que tenham sido diagnosticadas ou de que se tenham queixado, muito graças ao trabalho das forças policiais e técnicos de saúde que os acompanharam.

Foi totalmente diferente do que costumamos ver nos reality shows norte-americanos onde as forças policiais são acompanhadas por câmaras no desempenho das suas missões. Não senti que a sociedade tivesse sido "vingada" ou que se quisesse "vingar" dos contraventores, foi mais uma sucessão de infelizes acontecimentos que terminaram como o vídeo documenta...

Atravessar um oceano para morrer de forma violenta num dos países menos violentos da europa... quando no brasil as chances de tal acontecer seriam muito maiores nos maiores centros urbanos locais... loucura...

O Fundador

Uma referência à victória do "Glorioso", Domingo, no I Torneio Cidade de Guimarães, ao empatar com o Paris Saint-Germain a 2 bolas, no primeiro jogo, e ao ganhar ao Victória Futebol Clube de Guimarães por 1-2, no derradeiro jogo, trazendo para a "Catedral", a Taça D. Afonso Henriques, que já mora no Museu.

Allez Benfica Allez!!!

Acento tónico

Após mais uma temporada de silêncio auto-imposto, eis que de novo tenho algo a dizer. Para não variar o tema volta a ser a situação político-socio-económica da Guiné-Bissau.

Como há três anos atrás qualquer invisual poderia ver, a situação política não se caracterizaria pela estabilidade tantas e de tal modo graves eram as dissenções entre os diferentes orgãos de soberania saídos das eleições legislativas e presidenciais, bem como os tribunais e até as Forças Armadas (interventores directos no(s) processo(s) político-económico(s)). Este pote foi fervendo em lume forte, por vezes feio... até se lembrarem de lhe adir uma grossa pitada de narcotráfico, temerosos que estivesse insosso. Quase apetece dizer que aos meus conterrâneos não lhes basta estar mal, precisam mesmo chegar ao fundo, "cair cunhôs" (a grafia pode não ser esta...mas foneticamente é assim...). Mas, não querendo fazer a injustiça de não separar o trigo do joio e não confundindo a árvore com a floresta, ressalvo o esforço de muitos que tentam remar contra a maré e vêem o seu esforço boicotado por um sistema obscuro que bloqueia, distorce e ameaça os justos.

O curioso é que nunca ninguém é culpado de nada, mas as coisas continuam a acontecer... droga desaparece dos cofres de estado, as forças armadas impedem o acesso dos investigadores da judiciária a aeroplanos transportadores de droga, os ministros são ameaçados de morte, tentativas de eliminação física do presidente da república e do líder do PAIGC ocorrem em plena luz do dia, os governos sucedem-se a uma velocidade alucinante...é só escolher que o cardápio é longo e variado.

Só não varia a pobreza, a insegurança, a mortalidade infantil e materno-infantil, a esperança média de vida a diminuir, a cólera e o paludismo endémicos, a falta de saneamento básico em Bissau, os cuidados primários de saúde quase inexistentes, a escola pública desestabilizada a cada ano lectivo.

É tempo de quem de direito pôr o ACENTO TÓNICO naquilo que é substantivo. Definir estratégias de desenvolvimento sustentado e sustentável para o país (o tal Millenium Project da ONU...), perceber que governar implica servir, não servir-se... dos recursos da nação em proveito próprio, de forma a proporcionar bem-estar a todos, conseguindo melhores índices de produtividade, higidez e de literacia. Nao há fadas boas, nem varinhas de condão, mas tem de haver boa vontade, competência técnica e sentido de estado para se sair da "cepa-torta".

Já ouviram a história do "Ovo de Colombo"?...