No site oficial do Parlamento Português podemos obter alguma da sua história e dos dados considerados importantes pelos Deputados da Nação e respectivos Serviços (http://www.parlamento.pt):
Apontamentos Históricos
A Monarquia Constitucional (1820-1910)
As Cortes gerais, extraordinárias e constituintes de 1821
As Cortes na Constituição de 1822
As Cortes gerais na Carta Constitucional de 1826
As Cortes gerais, extraordinárias e constituintes de 1837- 1838
As Cortes gerais na Constituição de 1838
Os partidos políticos no período da Monarquia Constitucional
A 1ª República (1910-1926)
A Assembleia Nacional Constituinte de 1911
O Congresso da República na Constituição de 1911
Os partidos políticos no período da 1ª República
O Estado Novo (1926-1974)
A Assembleia Nacional na Constituição de 1933
O partido único durante o Estado Novo
O Estado democrático
A Assembleia Constituinte de 1975-76
A fama e, em alguns casos, o proveito, de serem sobre-remunerados para o trabalho desempenhado tem acompanhado os Deputados da Nação desde cedo. A bondade da legislação produzida nem sempre é evidente para o cidadão comum que tem de se sujeitar às consequências dos ímpetos legislativos dos eleitos.
Não é nada de novo nem de inusitado que a classe política seja vista pelas demais classes profissionais como as cigarras, parasitas e demais encómios com que muitas vezes são brindados, arriscaria mesmo dizer que, abaixo de político, actualmente só os árbitros de qualquer actividade desportiva.
O estranho seria, para gente comum, que, sendo tão invectivados ainda sentissem apetência para a actividade política aqueles que a ela se dedicam, mas uma análise mais atenta, esclarece qualquer dúvida. Hoje como ontem a actividade política rende… é a célebre máxima “falem bem ou falem mal de mim o importante é que falem…”, estar sob os holofotes sociais em sociedades mediatizadas e globalizadas potencia a divulgação da imagem, não deixa que a(s) sociedade(s) esqueça(m) o indivíduo, pode mesmo catapultá-lo a altos cargos, independentemente da sua competência e proficiência profissionais/pessoal.Torna o indivíduo apetecível aos olhos das formações políticas pelo potencial de cativar votos. O espírito de serviço deixou de ser o âmago da actividade política há alguns séculos, cf. Maquiavel “O Príncipe”. Poucos se interessam pelo debate ideológico, mas sobre isso não vou tecer quaisquer considerações…
São os Mass-Media a liderar e marcar a agenda política, recheados de “comentadores” e “colunistas” saídos directamente das prateleiras das formações políticas (Partidos, Parlamento, Governo, etc.). São também os Mass-Media a primeira linha de defesa do cidadão anónimo, por curioso que pareça…fazendo jus ao epíteto “4.º Poder”.
É claro que o verso da medalha também não é muito agradável... o escrutínio constante, a falta de privacidade, são apenas alguns dos incómodos que antevejo... estar sujeito ao "diz que disse" tão típico de todas as sociedades, por mais austeras e íntegras que aparentem ser.
Por via destas e d'outras é que a "Casa da Democracia" acabou por se ver referenciada e indexada à peça teatral "O Solar dos Barrigas" que se estreou no Theatro da Rua dos Condes em Setembro de 1892, estrelada por Ângela Pinto e Valle, sendo descrita nos seguintes termos no "O António Maria", de 10 de Setembro de 1892, pp 611-612: "Do unido e applaudido triumvirato dramatico formado por Cyriaco de Cardoso, D. João da Câmara e Gervasio Lobato, temos agora uma nova peça, há dias representada pela primeira vez no theatro da rua dos Condes. O solar dos Barrigas tal é o título da graciosa obra, para a qual Cyriaco escreveu lindos trechos de música fresca, popular, alegre, D. João da Câmara recortou versos cheios de malicia uns, outros cheios de ingenuidade, e Gervasio abriu a vermelha boceta da velha graça portugueza, espumante e embriagante como o vinho.
A peça foi e continúa a ser muito bem desempenhada, sendo poucos os bravos e as palavras que saudaram o trabalho de Angela Pinto como actriz e o de Valle como ensaiador e como actor, sempre cheio de talento e de correcção." sic