segunda-feira, dezembro 26, 2011

O País adiado

Era uma vez um território pequeno, com baixa densidade populacional, situado na costa Oeste africana, cuja capital se encontra nas coordenadas 11°52′N 15°36′W.

Com uma área de 36 126 km², o território estende-se por uma área de baixa altitude. O seu ponto mais elevado está 300 metros acima do nível do mar. O interior é formado por savanas e o litoral por uma planície pantanosa. O período chuvoso alterna com um período de seca, com ventos quentes vindos do deserto do Sahara. O arquipélago dos Bijagós situa-se a pouca distância da costa.

 Situada aproximadamente a meia distância entre o Equador e o Trópico de Câncer, o território tem clima tropical, caracteristicamente quente e húmido. Há duas estações distintas: a estação das chuvas e a estação seca. O território insular, composto por mais de 80 ilhas, exibe algumas das melhores praias da África Ocidental.


A estação das chuvas estende-se de meados de Maio até meados de Novembro, com maior pluviosidade em Julho e Agosto. A estação seca corresponde aos restantes meses do ano. Os meses de Dezembro e Janeiro são os mais frescos. No entanto, as temperaturas são muito elevadas durante todo o ano.

A população do território é constituída por mais de 20 etnias, com línguas, estruturas sociais e costumes distintos. A maioria da população vive da agricultura e professa religiões tradicionais locais. Cerca de 45% dos habitantes praticam o islamismo. As línguas mais faladas são o fula e o mandinga, entre as populações concentradas no Norte e no Nordeste. Outros grupos étnicos importantes são os balantas e os pepel, na costa meridional, e os manjacos e os mancanhas, nas regiões costeiras do Centro e do Norte. O crioulo é a língua veicular  interétnica.

Em Paris no dia 12 de Maio de 1886 foram estabelecidas as suas fronteiras num acordo assinado entre as potências coloniais, imperiais à época, que controlavam os territórios da zona e foi baptizado de Guiné, Guiné Portuguesa para se diferenciar de outro território mais a Sul designado Guiné Francesa.

Como já devem ter inferido falo da actual República da Guiné-Bissau. Com pesar, pois após uma luta de libertação do jugo colonial Português a muitos níveis exemplar, a obtenção da condição de país independente não confirmou, até hoje, os bons auspícios dos idos de '70 do século passado e das esperanças e investimentos que a comunidade internacional, Portugal incluído, nela depositaram.

Consultando os dados disponíveis que reportam os níveis de Desenvolvimento e Felicidade dos países apercebemo-nos pesarosamente que ocupa os últimos lugares da lista; no tocante ao desenvolvimento económico temos mais uma desilusão; na saúde e educação idem aspas; só ocupa lugares cimeiros em parâmetros indesejáveis,e.g.,  a Corrupção, o Narcotráfico e a Instabilidade Política.

É incrível como  no Natal, mesmo num país laico e multi-étnico, pode ocorrer uma situação de instabilidade militar, sabendo-se que o país depende maioritariamente da ajuda económica externa para complementar o seu orçamento geral de estado e que esse comportamento influencia inexoravelmente a ajuda externa e o desenvolvimento do país a todos os níveis.

Bem, por isto e outras coisas que não vou agora abordar, é um país adiado em vez de um país de nações, a exemplo da Espanha, que devia e poderia ser sem os desvios à normal evolução de um país independente, sério e justo onde imperem as boas práticas de governação e a subordinação das forças militares ao poder político.