Sempre que proseio com o Tchalté vem à baila a questão do seu "camuflado" cada vez mais remendado mas, ainda assim, no activo...
Não me entendam mal, o "camuflado" é um estado de alma, a força que faz com que alguém se mantenha no seu posto, após uma vida de trabalho, ainda que não retire daí grande satisfação pessoal de qualquer índole...
Com efeito na Guiné-Bissau, nos dias que correm, é muito complicado fazer-se o que quer que seja de produtivo, é mais fácil destruir. Mas só destroi com esta facilidade quem nada criou, é o reflexo de uma geração formada na base do centralismo do Estado, em que o Estado tudo podia e fazia, impunemente, em que o sistema dependendo embora das ajudas externas não fazia ondas, mantinha o Low profile exigido e exigível pelas instâncias Internacionais que sempre sancionaram as suas acções, fecharam os olhos aos desmandos menores e repreenderam mudamente os maiores mas, sempre na óptica de manutenção do status quo. E a panela foi ebulindo sem escapes... até explodir. Estamos perante as réplicas dessa erupção mortífera.
E não há quem tenha mão nisto.
Esta anedota da auto-proclamação do dr. Ialá como presidente seria de ir às lágrimas não fora o risco inerente a esta acção e o que ela encerra em si...
O STJ, incompreensívelmente, lança achas, não numa fogueira mas, num incêndio que lavra na política nacional, bastava bom senso...
Os militares são, no meio disto, quem mais sentido de Estado demonstra.
O Governo, uma vez mais, é apanhado com "as calças na mão" mas, a trabalhar. A "Secreta" já não é o que era...
Quem quererá investir numa "República das Bananas"?
Quem respeitará uma "República das Bananas"?
Quando deixaremos de ser motivo de chacota para a comunidade internacional?
Enquanto a classe política, felizmente não toda, brinca às democracias e vai exaurindo os escassos recursos do país, o vulgar cidadão tem de sobreviver, criar os filhos, educá-los, abrigá-los, pagar as dívidas, os impostos, etc. e tal e produzir, sim produzir! o pouco que o país produz... e ter a força de remendar o "camuflado" pois novas batalhas se avizinham a cada dia.
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