Hoje a minha veia proeminente é a latina...
Apelando à maiêutica poderiamos responder algo no estilo "Unde venit?"
Ambas, como não podia deixar de ser, estão relacionadas com o que o eleitor guineeense poderá congeminar de si para consigo, enquanto decide a sua orientação de voto para a segunda volta das eleições presidenciais a ocorrer no próximo dia 24 do corrente mês.
Agora que a data está definida pela Comissão Nacional de Eleições, recordo um excerto de um texto de G. Salústio Crispo, "De Coniuratione Catilinae, IX, 1-3", onde o autor canta as qualidades do povo romano: «Domi militiaeque boni mores colebantur. Concordia maxuma, minima auaritia erat; ius bonumque apud eos non legibus magis quam natura ualebat. Iurgia, discordias, simultates cum hostibus exercebant, ciues cum ciuibus de uirtute certabant. In suppliciis deorum magnifici, domi parci in amicos fideles erant. Duabus his artibus, audacia in bello, ubi pax euenerat, aequitate, seque remque publicam curabant.»* ...
É interessante observar a orientação do voto nas diferentes regiões do país, e a novela (requentada, com sabor a déjà vu), por parte do dr. Ialá. Sempre dá um certo pitoresco, típicamente africano, a estes eventos, não ficaria bem a ausência do toque terceiro mundista. Bem como o paternalismo made in UA, por parte de "dada" Wade.
Mais interessante será assistir ao curso da campanha dos candidatos à presidência da república, aos meios alocados, ao debate de ideias e intenções, à elevação da campanha ou não. Disto resultará um processo digno, respeitado e aceite como legítimo, justo e democrático pelos observadores, indiciando maturidade política dos guineenses para no futuro organizarem os escrutínios eleitorais sem necessidade de supervisão externa.
No final teremos sempre o eleitor, cada eleitor, à boca da urna a responder à questão inicial: "Guiné-Bissau quo vadis?" com a deposição do seu voto, em consciência, no candidato que melhor sirva os seus interesses, i.e., a sua orientação para o futuro do país, a exemplo do texto de Crispo, evidenciando as qualidades do povo Guineense.
Sei que poucos conseguirão responder à segunda pergunta: "Guiné-Bissau unde venit?", pois cada experiência de vida tenderá a desfocar a resposta.
Faço votos que tudo corra bem e que no final, dia 24, possamos dizer que estão lançadas as bases para uma Guiné-Bissau melhor, mais digna, mais desenvolvida, mais justa e equitativa e de que todos nos orgulhemos... já agora, em paz, económicamente viável e sustentada (quem não pede não ouve Deus).
Termino com um aforismo medieval: "Mus salit in stratum, dum scit abesse cattum".
* -Nota: falta a acentuação neste texto.
Apelando à maiêutica poderiamos responder algo no estilo "Unde venit?"
Ambas, como não podia deixar de ser, estão relacionadas com o que o eleitor guineeense poderá congeminar de si para consigo, enquanto decide a sua orientação de voto para a segunda volta das eleições presidenciais a ocorrer no próximo dia 24 do corrente mês.
Agora que a data está definida pela Comissão Nacional de Eleições, recordo um excerto de um texto de G. Salústio Crispo, "De Coniuratione Catilinae, IX, 1-3", onde o autor canta as qualidades do povo romano: «Domi militiaeque boni mores colebantur. Concordia maxuma, minima auaritia erat; ius bonumque apud eos non legibus magis quam natura ualebat. Iurgia, discordias, simultates cum hostibus exercebant, ciues cum ciuibus de uirtute certabant. In suppliciis deorum magnifici, domi parci in amicos fideles erant. Duabus his artibus, audacia in bello, ubi pax euenerat, aequitate, seque remque publicam curabant.»* ...
É interessante observar a orientação do voto nas diferentes regiões do país, e a novela (requentada, com sabor a déjà vu), por parte do dr. Ialá. Sempre dá um certo pitoresco, típicamente africano, a estes eventos, não ficaria bem a ausência do toque terceiro mundista. Bem como o paternalismo made in UA, por parte de "dada" Wade.
Mais interessante será assistir ao curso da campanha dos candidatos à presidência da república, aos meios alocados, ao debate de ideias e intenções, à elevação da campanha ou não. Disto resultará um processo digno, respeitado e aceite como legítimo, justo e democrático pelos observadores, indiciando maturidade política dos guineenses para no futuro organizarem os escrutínios eleitorais sem necessidade de supervisão externa.
No final teremos sempre o eleitor, cada eleitor, à boca da urna a responder à questão inicial: "Guiné-Bissau quo vadis?" com a deposição do seu voto, em consciência, no candidato que melhor sirva os seus interesses, i.e., a sua orientação para o futuro do país, a exemplo do texto de Crispo, evidenciando as qualidades do povo Guineense.
Sei que poucos conseguirão responder à segunda pergunta: "Guiné-Bissau unde venit?", pois cada experiência de vida tenderá a desfocar a resposta.
Faço votos que tudo corra bem e que no final, dia 24, possamos dizer que estão lançadas as bases para uma Guiné-Bissau melhor, mais digna, mais desenvolvida, mais justa e equitativa e de que todos nos orgulhemos... já agora, em paz, económicamente viável e sustentada (quem não pede não ouve Deus).
Termino com um aforismo medieval: "Mus salit in stratum, dum scit abesse cattum".
* -Nota: falta a acentuação neste texto.
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